quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um estranhamento quanto educação


Na sessão ordinária da Câmara do dia 27 de abril de 2009, no final dos trabalhos, o nobre presidente da Câmara, senhor Eliseu Daniel dos Santos reclamou e advertiu as pessoas que lá estavam sobre o ato de ficar de costas para a nobre vereadora Elza Tank.


Segundo ele, é uma afronta ficar de costas para um parlamentar, que foi eleito pelo povo. Mas neste caso, fica uma dúvida: é falta de educação ficar de costas para um parlamentar que está defendendo um posicionamento contrário? Mas por acaso, quando você convida uma pessoa para falar, e quando ela chega, você dá as costas para ela enquanto ela fala, isso não é falta de respeito também? Pois foi isso que tem acontecido nas últimas sessões ordinárias da Câmara.

No dia 23 de março, quando representantes do Programa de Qualidade na Gestão foram falar, o presidente ausentou-se e foi o nobre vereador Farid quem presidiu o momento. Já no dia 23 de março, quem falou foi o vice-presidente do Instituto Ginga, Galdino. E quem presidiu a mesa foi o nobre vereador Cortez. No dia 13 de abril, os convidados foram os representantes da Associação de Moradores do Jardim Aeroporto e Jardim Ernesto Khül, também não foi o nobre presidente quem ouviu e sim o nobre vereador Cortez. Já no dia 22 de abril, quando lá fui falar sobre políticas públicas para a juventude, o nobre presidente também não me ouviu e quem presidiu novamente foi o nobre vereador Farid.

Uma dúvida que fica no ar é se o Regimento da Casa, por acaso, exige que o presidente se ausente quando um cidadão vai levar uma mensagem de um segmento da sociedade, seja para solicitar algum atendimento, seja para relatar algum fato importante que esteja acontecendo no município? E se por acaso isso for correto e legal, é ético não ouvir os cidadãos, já que são eles quem pagam seus tributos e mantêm esta Casa Democrática?

Como cidadão, defendo a tese de que virar-se de costas quando um político discursa é uma manifestação pacífica onde as pessoas podem exprimir sua contrariedade sem utilizar de armas ou outras formas que sim, são anti-democráticas e não esta manifestação pública e silenciosa, que muito bem envia a mensagem almejada.

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