terça-feira, 18 de agosto de 2009

Por que não conseguimos transformar esta exceção em uma regra?

Falar sobre arborização urbana é um tema bem complicado. Só perde se comparado ao falar sobre o MST na Câmara Municipal de Limeira...

É um tema que muito me chama a atenção desde quando estava na graduação (2002-2005). O tema é apaixonante e ao mesmo tempo triste.

A população de Limeira, infelizmente, não é exceção, é a regra. Para a maioria das pessoas, as árvores só servem para sujar, entupir calhas, quebrar muro e trazer risco à segurança devido a escuridão a noite...

Por que será que não conseguimos mostrar os lados positivos da questão? Por que será que não conseguimos aproximar a natureza do ambiente hostil das cidades? Trabalho num bairro em Piracicaba que é uma linda exceção nesta questão. Este bairro é muito arborizado. No passado, quase todas as árvores receberam mudas de orquídeas, o que nesta época do ano deixa rua muito bonita e agradável. Como essas fotos podem mostrar.

Quem conhece esse bairro, Jardim Europa no caso, poderá dizer: também, olhe as casas na região, é um bairro nobre e não popular. Mas daí, o problema torna-se outro: por que não conseguimos levar isso para outros bairros também?

Vejo em Limeira dois bairros que são emblemáticos nesta questão: São Cristóvão e Boa Vista. São bairros que foram bem arborizados no passado, mas que hoje só se vê árvores sendo retiradas e seu local sendo cimentado. Dificilmente alguém planta outra muda no local, mas geralmente uma muda arbustiva.

Transformaremos o processo de arborização urbana em arbustização urbana...

Tem-se que também afirmar que o processo de arborização nem sempre faz tudo correto, já que a única questão nesta área é o custo. Assim, quanto mais barato o processo, melhor. O que resulta em mudas doentes, de espécies inadequadas ou todas de uma única espécie, o que gera outros danos ambientais e paisagísticos.

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