quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Modelo de beleza ambiental e paisagística que Limeira não aceita...


Ipês amarelos embelezam avenida

É com alegria e emoção que o aposentado Sebastião Martinati, de 84 anos, observa os muitos pés de ipê amarelo ao longo da Avenida Pedro Cosenza, em Iracemápolis - distante uns dez quilômetros de Limeira. E ele tem motivos para isso. Afinal, foi responsável pela beleza que hoje é observada no local. Uns 20 anos atrás, quando era funcionário da Prefeitura de Iracemápolis, "seu" Sebastião plantou as mudas - as quais foram cultivadas no viveiro municipal. "O ipê é uma maravilha", diz.

Todos os dias antes de seguir para o trabalho, o mecânico Fernando César de Oliveira, 40, tem o privilégio de admirar os inúmeros pés de ipê amarelo. "É uma terapia. A gente chega mais relaxado para trabalhar", fala. As plantas, segundo ele, dão um charme a mais para a cidade vizinha. "Iracemápolis fica mais bonita nesta época do ano. Isso porque estamos acostumados a só ver plantações de cana-de-açúcar o ano inteiro", comenta. "Só que o ipê precisa sempre receber cuidados. Molhar e colocar esterco para que fique bonito", recomenda o aposentado. E olha que ele conhece muito bem as plantas, pois sua vida inteira foi dedicada ao cultivo de árvores.

O também mecânico José Roberto Quinalha, 43, olha com alegria o colorido amarelo que os ipês dão à avenida - uma das principais da cidade. Ele e Oliveira pegam o ônibus na Pedro Cosenza e, por isso, acompanham o passo a passo do florescimento da planta. "O ipê vem para anunciar a chegada da primavera. É um período alegre e bonito", cita Quinalha. Detalhe: os dois mecânicos moram no bairro Carolina Ometto Pavan, que fica bem pertinho da plantação de ipê. E não são só eles que têm o privilégio de contemplar os cachos perfeitos e amarelos.

PRESENTE

A costureira Maria Tereza Campos Figueiredo, 57, mora em frente à avenida. E, portanto, os pés de ipê quase batem à sua porta. "Com certeza, este é o lugar mais bonito da cidade. É um presente para os moradores", fala. Se não fosse a correria do dia a dia, Maria Tereza revela que gostaria de ficar horas e horas observando a beleza dos ipês. "Só não faço isso porque não sobra tempo". "Seu" Sebastião é outro que só não admira mais a beleza dos ipês por causa da idade e a distância de sua casa. Caso contrário, ele estaria lá. Olhando com orgulho o colorido da avenida - tida hoje como um cartão postal por boa parte da população de Iracemápolis. Este "título" lógico que vem da beleza propiciada pelos ipês.

Fonte: Jornal de Limeira (aqui)

Meus comentários

Ainda bem que essa avenida fica em Iracemápolis, pois assim ela sobreviverá.

Se estivesse em Limeira, já teria sido cortada para dar lugar a gramados e o seu Sebastião seria o culpado, já que não soube plantar... como noticiado neste neste blog em 23 de julho (aqui).


Em tempo de discussão de questões como sustentabilidade, meio ambiente e sequestro de carbono, temos que assistir em Limeira cenas deprimentes como árvores maravilhosas serem substituídas por arbustos e grama...

Nenhum comentário:

Postar um comentário