terça-feira, 24 de agosto de 2010

Qual o Brasil que queremos?


1. Brasil com Estado eficiente e orientado por visão coletiva de país

Como?

Profissionalizando a administração pública

A típica repartição pública em que, na atualidade, joga-se paciência no computador já virou até piada feita em seriado da TV brasileira. Um punhado de gente subaproveitada que faz um atendimento sofrível à população que necessita daquele serviço público. Tudo bem, já não é tão típica. Temos ilhas de excelência no funcionarismo público, mas lamentavelmente são ilhas em um mar de descaso.

Há diversas iniciativas pela qualificação profissional e valorização das carreiras públicas. Assim, não devemos culpar as pessoas que ali trabalham, pois quantas vezes são mal pagas e exercem suas funções com eficácia mesmo em condições estruturais desfavoráveis? Fato é que para ampliarmos a eficiência do Estado questões estruturais na administração pública precisam de nossa atenção.

Quando falamos na profissionalização nos referimos à qualificação e valorização do pessoal, nesse sentido não vão bastar aumento de salários e cursos esparsos. Serão iniciativas mais ousadas de revisão de processos de gestão que trarão resultados, por exemplo, planos contínuos de desenvolvimento de competências com avaliações permanentes que desafiem @ profissional a seguir em frente em sua formação oferecendo seu potencial à sociedade.

Ou, se necessário, simplificação de processos, em outras palavras, desburocratização que poderia facilitar e potencializar as ações de servidores que em certos casos se vêem impedid@s de agir com presteza e agilidade. Nesse caminho, a profissionalização também aponta para a disponibilização da estrutura (física e gerencial) adequada ao trabalho.

Além disso, para um Estado eficiente devemos ter continuidade nas ações gerenciais o que poucas vezes ocorre quando os cargos de direção são ocupados por pessoas que desconhecem a dinâmica dos órgãos dirigidos. O loteamento de cargos públicos com o repasse de funções comissionadas a partidos, apenas para a manutenção da troca de favores (que contribui para o chamado fisiologismo), não colabora com a profissionalização almejada. A direção político-estratégica independe da gerência operacional que deve estar nas mãos de funcionári@s públic@s, afinal os
critérios claros para a ascensão na carreira devem compor a necessária ação de valorização profissional.

Marina parece apontar uma forma de aliar quantidade e qualidade na profissionalização da administração pública: “Manter ações permanentes para que a administração disponha de gestores e analistas treinados e capacitados para planejar, implementar e monitorar políticas públicas. Reduzir drasticamente o número de cargos comissionados ocupados por quem não é servidor público. Fortalecer o sistema de regulação no Brasil, em especial o papel das agências reguladoras.”

Talvez com ações desse tipo tenhamos melhoria no atendimento e a excelência deixe de ser exceção para virar regra, tornando extinto o jogo de paciência de um ou de outro lado do balcão da repartição.

Fonte: Movimento Marina Silva Presidente (aqui)

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