segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Hidrômetro individual leva à economia de 40%


A implementação de um sistema de individualização do consumo de água em apartamentos do Condomínio Residencial Olindo de Luca levou à redução em 40% nos gastos. A economia permitiu sanar problemas com inadimplência, já que aquele que não paga pode ter a água cortada até que resolva a situação, e investir em melhorias.
Segundo o proprietário da empresa responsável pela implementação do sistema, Rogério Gabriel, a instalação de hidrantes individuais é uma maneira do síndico controlar quanto cada família consome. "A leitura continua sendo feita em um único hidrante pela Foz do Brasil, mas na hora de dividir o condomínio, cada família só paga pelo que consumiu", disse.

No Olindo de Luca, cerca de 90% dos 60 blocos já foram individualizados. O processo começou a um ano e foi apresentando resultados progressivos nos blocos.
A procura pelo serviço partiu dos moradores, incomodados com as dificuldades financeiras geradas pela inadimplência. A empresa de Gabriel, escolhida por grande parte dos blocos, é de São Paulo, e trabalha também com a administração de condomínios, ensinando técnicas e regras para melhorar o convívio nos prédios.
Morador de um dos blocos, o autônomo Nivaldo da Silva Martins, 51 anos, foi um primeiros a buscar pela mudança. Ele sugeriu a empresa que realiza o serviço também em outros condomínios residenciais populares da cidade.

Segundo Martins, anteriormente havia problemas de manutenção em seu bloco, devido à falta de verba causada pela inadimplência, além de divergências entre os vizinhos. "Hoje nosso prédio reduziu em 40% o consumo de água, o que é também um ganho ambiental muito grande. Podemos investir em outros tipos de benfeitorias e ainda pagamos justo pelo que consumimos", comentou.

INVESTIMENTO

Síndico de um dos blocos no Olindo de Luca que passou pela mudança na cobrança da água, o operador Jonas Antônio de Luna, 33, diz que em seu bloco a redução no consumo também foi de 40%, valor previsto pela empresa como a média de redução de consumo.
Porém, Jonas afirma que a grande vantagem foi sanar a inadimplência. Em seu bloco, a verba foi investida em melhorias como colocação de muro e portas de vidro. "Foi a melhor coisa que fizemos, as pessoas passaram a controlar a maneira como gastam a água, hoje temos um consumo bem menor e todos estão em dia com suas contas", contou.

A medida serviu para disciplinar até mesmo aqueles que não deviam nada ao condomínio. "Hoje cobro dos meus filhos um banho mais rápido e não gastamos tanto, pois antes não fazia diferença, afinal, o condomínio custaria sempre R$ 40", falou.

Fonte: Jornal de Limeira (aqui)


MEUS COMENTÁRIOS:

Infelizmente, essa questão é fruto do descaso coletivo, que a economia chama de "Tragédia dos Comuns". 

Quando a pessoa utiliza coletivamente um bem, ela tende a utilizar mais do que necessita, já que parte do ônus fica com a sociedade, muitas vezes acabando com o recurso. 

Isso demonstra o descaso ambiental que convivemos e a dificuldade que a Educação Ambiental encontra ao ser trabalhada.

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