segunda-feira, 2 de maio de 2011

O terror do Holocausto e a necessidade da memória.

O tema Holocausto, mais de 65 anos depois ainda assusta pela dimensão do horror que foi aquilo. O pior é imaginar que ainda hoje, situações de destruição de povos ainda aconteçam em países da África.

O objetivo do documentário é mostrar para os decendentes das pessoas que sofreram no Holocausto que serão elas as responsáveis pela manutenção dessa memória viva, já que os sobreviventes estã morrendo devido a idade.

O trailer do documentário, abaixo, mostra isso. O filme chama "Marcha da Vida" e seu website pode ser acessado clicando aqui.



Abaixo, reportagem disponibilizado no site da Folha On line (aqui)

Filme leva jovens a campos nazistas onde parentes foram mortos


Em 2008, a estudante Débora Nisenbaum, 18, fez uma viagem de 15 dias. A primeira parada: um lugar que ela descreve como "horroroso".

A garota se juntou a 10 mil jovens que visitaram os campos de concentração nazista Auschwitz e Birkenau, na Polônia. A viagem foi filmada e virou o documentário "Marcha da Vida", que estreou nos cinemas na última sexta.

A caminhada do título foi feita nos dois campos em que judeus foram mortos por nazistas na Segunda Guerra. No total, cerca de seis milhões foram executados.

Parte da família de Débora entra nessa conta. "Meu bisavô fugiu um pouco antes."

A garota encontrou os nomes desses parentes na lista de mortos disponibilizada no local. "Me senti muito mal por saber que eles morreram dessa maneira", afirma.

Entre os galpões, há uma sala com pilhas de cabelo cortado dos prisioneiros. Há outro cômodo repleto de sapatinhos, e também um com óculos agora sem dono.

A proposta da Marcha da Vida é manter acesa a lembrança dos fatos que levaram a essa situação. Para isso, a ONG leva estudantes de todo o mundo para conhecer o local e a história do que ocorreu ali. É cobrada taxa simbólica, inferior ao bilhete aéreo.

ÚLTIMA GERAÇÃO

O momento é especialmente sensível para o tema. Conforme o tempo passa, os sobreviventes do holocausto envelhecem. Assim que todos estiverem mortos, não haverá mais testemunhas para contar essa história.

Essa responsabilidade pesará, um dia, sob os ombros dos descendentes das vítimas, hoje adolescentes.

"Desde pequena, ouço meus avós narrarem esses acontecimentos", diz a estudante Vivian Urbach, 19. "Cresci ouvindo que tenho de contar essa história, para que nunca mais se repita."

À entrada de Auschwitz ainda hoje se lê a inscrição em alemão "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta).

Um cinismo nazista para enganar os judeus recém-chegados ao campo de concentração. Agora, 65 anos depois, a história, contada no cinema, liberta.

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