segunda-feira, 18 de abril de 2016

FÓRUM DISCUTE POSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DO PRIMEIRO GEOPARQUE PAULISTA


geoparque evento luciana

Uma área com significativos patrimônios geológicos e alto índice de preservação ambiental, na qual a aproximação das pessoas com a natureza promova a disseminação do conhecimento sobre geologia e, consequentemente, sobre o passado do planeta. O conceito de geoparque, pouco difundido no Brasil, foi discutido na Faculdade na última quinta-feira durante o fórum “Geoparque: identidade geográfica, cultural e preservação ambiental”, que também ocorreu no campus de Barão Geraldo no dia 04 de abril (veja texto com a notícia completa aqui). Na FCA o fórum contou com a participação da Profª. Mariselma Zaine, da UNESP/Rio Claro, que apresentou ao público o mapa com os geossítios da Bacia do Corumbataí, onde se pretende criar o 1º Geoparque paulista.

Já existem 120 geoparques espalhados pelo mundo, em 33 países, mas no Brasil há somente o Geoparque Araripe, o primeiro das Américas e do hemisfério sul, reconhecido em 2006 pela Rede Global de Geoparques (GGN, na sigla em inglês), ligada à Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura).

Luciana Cordeiro, advogada, docente da Faculdade e especialista em direito ambiental foi uma das organizadoras do evento, que é oferecido pelo gabinete do reitor com o objetivo de promover discussões que contribuam para a formulação de políticas públicas e também contou com o apoio do Instituto de Geociências.

Artur Sá, docente da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD Portugal), considerado um dos maiores especialistas do assunto, também esteve presente, juntamente com o Prof. Celso Dal Ré Carneiro (IG/UNICAMP) e Thais Guimarães (doutoranda da Universidade Federal de Pernambuco). O professor português apresentou a experiência do geoparque Arouca que, entre 2008 e 2013, proporcionou uma receita de 34 milhões de euros para a região, com hotelaria, restaurantes, museus e demais atividades relacionadas ao turismo.

Fonte: Site da FCA Unicamp (aqui)

Formação de 2016 para técnicos do Programa Município VerdeAzul.

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Equipe do Programa Município VerdeAzul em Araras

Discussão sobre ciclo 2016 motiva os presentes

A cidade de Araras recebeu, em 14.04, a equipe técnica do Programa Município VerdeAzul, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA). O objetivo da reunião foi discutir as novas ações propostas nas diretivas que compõem o programa e integram o ciclo 2016.

O encontro contou com a participação dos interlocutores dos 95 municípios, que integram as bacias hidrográficas do Piracicaba/Capivari/Jundiaí e Mogi Guaçu e foi realizado no Centro Cultural Leny de Oliveira, situado na Av. Limeira, sem número.

Para coordenadora do Programa, Lie Shitara Schutzer, a participação é fundamental para o entrosamento dos municípios no ciclo que se inicia. “É um trabalho para que todas as cidades tenham condições reais de evolução” – conclui.

O Programa

Lançado em 2007, pelo Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o Programa Município VerdeAzul (PMVA) tem o inovador propósito de medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental.

A participação dos municípios é voluntária e ocorre por meio de um termo de adesão. Assim, o principal objetivo do PMVA é estimular e auxiliar as prefeituras paulistas na elaboração e execução de suas políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo.

Fonte: Site do PMVA (aqui)

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Cetesb atesta boa qualidade das águas subterrâneas em 2015



Indicador de potabilidade serviu de base para a constatação da qualidade em sete aquíferos do Estado

As águas subterrâneas do Estado de São Paulo apresentaram-se com boa qualidade em 2015. O indicador de potabilidade avaliado pela Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) constatou que 77,5% das amostras coletadas estavam próprias para consumo humano. Esse resultado foi obtido a partir dos dados levantados pela rede de monitoramento da agência ambiental, envolvendo 282 poços tubulares e nascentes, correspondentes a sete aquíferos.

O Indicador de Potabilidade das Águas Subterrâneas (IPAS) é definido a partir do percentual de amostras de água bruta em conformidade com os padrões definidos na Portaria nº 2.914/11 do Ministério da Saúde e apresenta de forma genérica a qualidade das águas captadas em poços tubulares e utilizadas principalmente para o abastecimento público. Essas e outras informações deverão constar do novo relatório anual de Qualidade das Águas Subterrâneas a ser disponibilizado em breve pela Cetesb.

Também foi observado uma ligeira diminuição do IPAS relativamente aos anos de 2013 (81,4%) e 2014 (80,5%), entretanto o que se nota é uma tendência, ao longo dos anos, de estabilidade da qualidade das águas subterrâneas monitoradas pela Cetesb. Embora as conclusões das análises dos dados contidos no novo relatório ainda não estejam consolidadas, já se pressupõe que essa ligeira diminuição do IPAS possa estar relacionada ao rigoroso período de estiagem recente.

Outra constatação importante foi a verificação de 27 amostras de águas, em 21 pontos de monitoramento, com concentração de Nitrogênio Nitrato entre 5 e 10 mg N L-1 (valor de prevenção e indicador da influência das atividades antrópicas) e 8 amostras, de 6 pontos diferentes, com concentração acima do padrão de potabilidade (de 10 mg N L-1). A potabilidade das águas subterrâneas brutas é um dos indicadores de qualidade e qualquer desconformidade representa a necessidade de tratamentos adicionais da água, além da cloração, antes de ser distribuída para consumo humano. Assim, os dados levantados pela Cetesb servem de subsídio para que concessionárias ou prefeituras, por meio de seus departamentos responsáveis pelo abastecimento público de água, tomem as providências necessárias. Indicador de poluição difusa, a origem do nitrato está relacionada a atividades agrícolas e esgotos sanitários.

No Estado de São Paulo, atualmente, aproximadamente 80% dos municípios são total ou parcialmente abastecidos por águas subterrâneas, atendendo uma população de mais de 5,5 milhões habitantes. O uso dessa fonte para abastecimento público tende a aumentar em território paulista. O órgão estadual gestor da quantidade das águas é o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que concede outorga de direito de uso das águas aos usuários, observando a disponibilidade hídrica, a qualidade da água e a priorização dos usos.

Considerando que a água subterrânea apresenta-se em geral, em condições adequadas para o uso “in natura”, necessitando apenas de simples desinfeção, e que de acordo com a legislação o uso prioritário da água é o abastecimento humano, é fundamental a proteção e controle desses mananciais subterrâneos.

A fim de executar esta atribuição, os órgãos ambientais utilizam os seguintes instrumentos, entre outros: licenciamento ambiental e fiscalização de fontes potenciais de poluição; monitoramento da qualidade para subsidiar as ações de proteção e controle; e estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.

Pela Rede de Monitoramento de Qualidade da Cetesb, são monitorados os Aquíferos Guarani, Bauru, Serra Geral, São Paulo, Taubaté, Tubarão e Pré-Cambriano, com análise de 40 parâmetros físicos, químicos e biológicos. A rede de monitoramento é constituída basicamente por poços utilizados por concessionárias ou departamentos municipais responsáveis pelo abastecimento público de água.

Fonte: Site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (aqui)